quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pressão atmosférica.

Descobri, essa noite, que eu só durmo pra poder pensar (sonhar) que faço tudo aquilo que eu sempre quis fazer.
Descobri também, já durante o dia, que me igualo às mais escuras nuvens de verão. Dessas, que prometem dilúvios, ventam horroes, mas que na maioria das vezes, só fazer subir, por pouco tempo, o cheiro de terra molhada.
Fico maluco e me desgraço graças às minhas vontades mais nojentas e desasseadas.
Percebo que, quanto mais procuro um mundo que se adeque ao que me convêm, mais eu fujo do mundo no qual eu vivo.
Eu quero o vício!
Eu quero chover de verdade.
Não tem mais graça ver as pessoas sairem de casa com seus guarda-chuvas nas mãos, sendo que nunca chove.
Nunca chove!

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