quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

16 semanas.

Full gás, vulgarmente julgo-me esperto.
Astuto, contundente, descontente e corajoso.
Jogo aos ares o peso do meu silêncio e cuspo meu pulmão infectado pelas cinzas das quais tanto gosto.
Me coço e me arranho a fim de tentar alimentar o sangue que não corre no meu corpo.
Não sei se ainda me é permitido escrever sem censura, sem elos e sem frases pré-anexadas... 
Mas ah!! Dane-se, agora eu sou o pai.

sábado, 9 de outubro de 2010

Insumos da linguagem poética.

Sem pressa transformo os infinitivos em gerúndios um pouco mais distantes.
A forma de escrever mudou e as temáticas também são outras.
O teor e o temor também enfrentam um certo desencontro. 
Latência incontrolável!! 
Tudo é confuso. Confuso pra quem lê e pra quem escreve.
A ausência do sentido é o sentido;  a falta de emoção torna tudo muito emocionante (ou triste); e assim as coisas correm.
Não falo da vida nem de nada relevante.
Só escrevo.
São palavras... Só palavras.
Portanto, nem procurem as entrelinhas.

   

terça-feira, 25 de maio de 2010

Irremediavelmente... minha.

Como é bom querer bem, e como é ruim ver esse "bem" tão longe...
Ando jogando pedra na minha própria vidraça e tenho me desgraçado ao contar, nos dedos, os dias que ainda me restam.
Atento contra meu bem estar e digo que tudo vai dar errado, afinal, não confio tanto em mim a ponto de conseguir pensar o contrário.
Caí meu mundo, meu teto, minhas paredes e minha moral. Me soterro na minha amargura e desesperança.
Mas, eis que apareces!
É incrivel e doce a forma como, tijolo por tijolo, vais retirando tudo o que me abafa, tudo o que pesa e comprime meu peito. Quando vejo, lá estou eu denovo, de pé, com paredes, teto e mundo reerguidos.
Restauras minha auto-estima e me coloca no mais dourado dos altares, como que por milagre, eu tenha me tornado alguém melhor do que eu era antes. Não sei se procede, mas pra ti, quero ser sempre o melhor em tudo mesmo.
Teu choro me motiva, teu sorriso me acalenta, teus carinhos me confortam. És o elo que me liga à felicidade plena.
Além disso, és também minha amiga, minha amante, minha companheira, minha "mão"... minha Mê!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Saudades (soando clichê).

Dói, encomoda, consome, angustia...
Me faz perceber o quão impetuosa é a barreira do espaço que se estende pro oeste.
Dá vontade de subir, enfrentar a parede de basalto e de falta de coragem.
Não me importaria em dar de cara com as rochas, com os pinheiros ou com o asfalto, desde que estivesse lá.
Enfim, feliz é o sol, que sempre acaba indo dormir pra'queles lados.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Presente.

Assim, é bem assim que me vejo hoje.
Pés no chão, pronto e seguro pra caminhar, mas me preparando pra voar. Aprendendo a ser leve e aerodinâmico.
Penso longe e sonho alto. Duzentos e sessenta quilometros e mais de mil metros de altitude.
Imagino pontes, tapetes, pinturas na parede, o "pra sempre" em francês, as sacolas de supermercado, a valsa que vou aprender, e outras coisas.
Não durmo mais sozinho, mesmo que no meu leito só me acompanhe os travesseiros, as cobertas e as saudades. Além disso, a cada dia que envelheço, sei que envelheço acompanhado.
Ah! Passeios de Natal, mesas de Páscoa, duscursos emocionados pra filhos e netos garanto que também irão acontecer, mas ao seu tempo.
E por falar em tempo, já não peço mais que passe rápido ou que pare, só peço que passe pra que as coisas aconteçam e eu viva meus 24 quadros por segundo do teu lado.
  

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Só por quatro dias.

Acho graça, muita graça.
Aquele cara de poucos amigos, que pouco fala, que pouco ouve, que pouco respira, apareceu denovo.
É tão facil ser desagradável. Não falar com quem não se tem vontate. Ser alguém parcialmente introspectivo.
Faz mal, muito mal, mas é o que sossega e acalma. Ajuda a manter a compostura e impede ataques súbitos de palavras e sentenças desagradáveis.
Deixem-o em paz.
Com seus amigos de verdade ele não é assim.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Reveillon.

Só tenho que te agradecer.