terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como?

Lerdo, metodológico, inseguro ou romântico?
Não sei.
Só sei que vou sentir saudades.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Primeiro planalto.

Aqui as nuvens não têm onde se esconder e o "lá" fica muito exposto...
Não sei, sinto falta do mistério.
O sol não nasce nem se põe. Parece que simplesmente surge e some.
Me agradam os altos e baixos, as planícies e encostas, os horizontes conturbados...
É com isso que me sinto instável o suficiente pra poder ficar bem.
 

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um ou outro.

A cada dia passa, mais convicto eu fico de que, se for pra tomar tapas, que eu os tome e os sinta no corpo, nos olhos ou na palma das mãos.
Não abro mão dos hematomas que resultam da minha falta de vergonha ou dos meus ápices de coragem. São meus por direito, e cabe a mim, carregá-los pelo tempo que durarem... Até que as manchas sumam e os cortes cicatrizem.
Assim também, de forma intensa e realista, quero sentir o beijo e o abraço. Quero poder ver o olhar que vai me censurar ou me permitir o avanço ao próximo ato. Quero ver o sorriso e a encabulação. Quero ver o tempo parado...
Baixo a guarda e me exponho. Minha parte eu faço.
Agora, me espanque ou me conforte...

domingo, 18 de outubro de 2009

Só amanhã.

Venho passando por uma fase da minha vida em que as coisas geralmente têm se encaixado. Tenho coisas com o que me preocupar e outras que amenizam meu ânimo, me deixando calmo e são o suficiente pra usar da simplicidade pra resolver meus principais problemas.
Já superei vários dos meus próprios dogmas e não tenho mais me assustado com meus pesadelos.
No entanto, confesso que ainda vacilo em alguns casos, principalmente quando quero muito algo, mas temo em arriscar algum meio de conseguir o que desejo.
Mas mesmo assim, não me culpo nem um pouco por isso.
Não quero que isso soe como um excesso de auto-afirmação ou como uma fulga que empreendo contra meus defeitos, mas a verdade é que hoje, não é meu dia de ter culpa.

sábado, 17 de outubro de 2009

...

Mais que um sábado qualquer...
(Valentinos - Verão)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pra ti...

Me sirvo das tuas palavras sem pedir permissão.
Me aposso delas e as saboreio, degustando letra por letra e esminuçando cada frase ou verso paulatinamente...
Sem pressa...
Adoro te dar razão, e fazer dos teus, os meus ditos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tecnocentrismo.

As Universidades abandonaram a filosofia em prol do tecnicismo e em decorrência disso, nos forçam a lidar com as maquinas pouco se importando com as pessoas.
Por isso digo: "Que saudade dos iluministas..."

sábado, 10 de outubro de 2009

***centrismo...

Eu me repito o tempo todo...
Completo as frases que não termino e tiro da minha própria boca as palavras que mais gosto de dizer.
Eu me replico o tempo todo...
Me contradigo enquanto minto e abro mão do excesso de moral, aplicando golpes contra mim mesmo.
Vivo pra olhar pro meu umbigo ou pra reafirmar tudo o que eu digo.
Por isso, atesto sinceramente que, dentre todos os "ismos" que conheço até então, hoje, eu escolho o do "EGO"

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O sarau

Me vale muito o imoral que me corrompe.
Me cega as vistas a mesma luz que me aquece e me queima aos poucos o ar que me dá vida.
Mato a minha sede, mato a sede de mim e mato a sede de ti me afogando em calamidades.
Caio insóbrio ao canto coberto pela lã de alguém ou pelo abraço do qual não lembro.
Discurso em falso sobre um sentido que não possuo, mas que se um dia possuísse, anularia-o, usando pra isso, minha falta de vergonha na cara.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um lapso momentário...

Algo muito estranho me ocorreu na noite passada...
Ao me deitar para dormir, viro-me pro lado e, após alguns segundos, noto que a tranqüilidade e a paz de espírito se apossam de mim, fazendo com que eu perceba o quão satisfeito estou com minha profissão, com minha solteirisse, meus estudos, minha familia, meus amigos... Enfim, nada de preocupante me acomete naquele momento.
...
Após outros segundos, volto a mim e me vi espantado.
Espantei-me com a comodidade que me acometeu. Minha cabeça parecia vazia...
A partir disso, me submeti a questionamentos como:
"Como posso eu me sentir acomodado, sendo que há pouco entrei na idade dos vinte e poucos?"
"Como poderia eu estar tranqüilo, uma vez que tenho tanto pra questionar e muitas metamorfoses ainda por sofrer?"
Pode parecer ridículo isso, mas não adimito a mim a tranqüilidade, a satisfação total e a paz interior. Isso soa a mim, que me vejo no auge da minha "porra-louquisse", como a estagnação e a inércia existêncial.
Se não há crise não se cria saídas.
Se não há revoluções não há mudanças.
Se não há problemas são se procura respostas.
Assim, peço às minhas perturbações pessoais que nunca mais me deixem só.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Poder político = poder do povo?

Quase todo o mundo está inserido num meio social que é regido pelo regime político democrático, regime este que, teoricamente, prevê a livre e total participação do povo nas decisões políticas do Estado. Nele, está instituído que os membros que compõe a maquina pública devem ser eleitos pela população através de eleições diretas e voto livre. Está assegurado, também, o direito de todo e qualquer cidadão, maior de dezoito anos, de votar ou candidatar-se a cargos públicos.
Com isso, podemos concluir que todos podem votar - incluindo pobres, ricos, analfabetos, doutores, etc. - e podem, também, concorrer ao "poder", o que, de certa forma, considera-se justíssimo, uma vez que os indivíduos eleitos serão os representantes diretos dos interesses de todo um complexo social, no qual estão inseridas todas as discriminações já criadas para distribuir o povo em classes.
Portanto, quem sabe não esteja errado dizer que o poder político, que é formado por representantes legítimos do povo, é sim o poder do povo, certo?!
Talvez...
Se esquecermos toda essa bela teoria de organização social e olharmos ao nosso redor, veremos que as decisões "públicas" nem sempre são tomadas de acordo com o que o povo, em sua maioria, deseja. Além do mais, estamos cansados de saber que o poder político está concentrado nas mãos de poucos, que, em sua maioria, são possuidores de patrimônios consideráveis.
Mega-empresários, latifundiários, membros de importantes academias nacionais e outros cidadãos "bem apossados", mandam e desmandam no poder político do Brasil. Diz-se então que o povo está cansado. Diz-se que o povo assiste angustiado aos notíciarios e debate "política" diariamente em seu círculo de relacionamento...
Mas... E daí?
O povo reclama sem olhar para o seu próprio umbigo. Muitos nessa hora se esquecem do tanque de gasolina e do aterro que pediu há alguns anos atrás em troca do seu voto, e reclamam aos quatro ventos.
O poder político do Estado não é referente ao poder político do povo, já que o povo se esquece que pode, e acaba comercializando seu voto em prol do bem-estar instantâneo e individual.
Somos seres políticos, e pode-se dizer que somos péssimos nisso.
Temos o poder em nossas mãos mas o concedemos a falsos representantes dos nossos interesses coletivos em troca de "favores" referentes aos nossos interesses particulares.
Honestamente, vejo que estamos nos lixando para o coletivo... E o pior é que, para fugir de toda a responsábilidade que nos cabe, damos de ombros e dizemos orgulhosos e sorridentes: "ODEIO POLÍTICA!!"
Belos irresponsáveis...

domingo, 4 de outubro de 2009

O primeiro passo...

Dou inicio aos meus trabalhos nesse blog citando Mikhail Bakunin em "A communa de Paris" de 1870:
Dizia ele:  "Não sou nem sábio, nem filósofo, nem escritor profissional."
Prossigo com palavras minhas, me questionando: Que raios eu quero criando um blog então?!
Respondo dizendo: É o que vou tentar descobrir daqui pra frente.