quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Do outro lado do fuso.

Me divirto.
E o mais incrivel é que o horizonte, que antes me parecia repugnante, hoje, me atrai de uma forma que, nem vontade de sair daqui eu tenho.
Sei lá...
Talvez sejam os prefixos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Eram tortos.

É muito comum que a gente atribua às coisas que nos cercam defeitos que, por sua vez, dizemos serem os responsáveis pela falta de "simetria" e "organização" que assolam nossa bolhinha de sobrevivência social.
No entanto, creio que nos falta um pouco de reflexão (ou reflexo), para que passemos a atribuir a nós mesmos os defeitos responsáveis por essas faltas encontradas ao nosso redor.
A partir do momento em que descobrirmos onde está nossa "deformação", saberemos como ajustar as coisas, de forma que, aí então, haja simetria e organização nas coisas e, conseqüêntemente, no nosso meio.
Digo tudo isso porque hoje descobri que o defeito está no meu nariz torto, e não no meus óculos desajustados.

No mundo da Lua.

Acharam água na Lua...
Será que um dia vão me achar por lá e me trazer de volta?
Tomara que não.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Errei.

Os poetas só reclamam.
Eu, só erro.
Erro com o desacerto.
Erro pela falta do "tentar".
Erro pela vergonha de errar.
Reclamo porque erro.
Escrevo porque reclamo.
...
Só me falta ser poeta.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bolinhas e afins.

Enquanto isso, nos semáforos, os belos carros novos e financiados continuam se borrando de medo da arte.

domingo, 8 de novembro de 2009

Só.

É bem isso que eu sou.
Sou tudo aquilo o que eu quero ser e mais um punhado de coisas que os outros não querem que eu seja.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

No meio do caminho.

Aproximava-se o fim da primeira hora de uma noite que ainda não havia anoitecido quando eu a vi.
Penso que, fisicamente, cinquenta metros nos separavam. Ela, porém, em seus pensamentos, aparentava estar muito mais longe do que isso.
Caminhavamos na mesma direção e eramos iluminados pela mesma luz de um céu indeciso, no qual, nuvens carregadas e esparsos raios de sol disputavam o mesmo espaço.
Acometido pela euforia da coincidência, e em resposta aos meus reflexos, acelerei meus passos e iniciei uma marcha em sua direção a fim de alcança-la e, após isso, alveja-la com sorrisos e frases que eu ainda nem havia elaborado. No entanto, quando retorno à razão, decido adotar outra postura, e assim, volto a diminuir meus passos e fico à admira-lá, enquanto que ela, prossegue com sua aparente divagação.
Estava linda. Indiscutivelmente...
Noto seus pés... Calçados por sapatos baixos, que quase se arrastam ao chão, aparentando estarem tão pesados quando os pensamentos que a faziam ir tão longe.
Noto seus cabelos... Meio presos, meio soltos, os quais ela ajeita discretamente após se espelhar nos vidros de um automóvel inerte.
Noto também a blusa que lhe veste... Era aquela que lhe cai muito bem em dias de calor como este.
Noto, ainda, que ela caminhava em tom cansado e de forma desordenada. Talvez estivesse tentando perder algum tempo que lhe sobrava.
Talvez um minuto tenha se passado, e eu já havia caminhado uns cento e cinquenta metros até que cheguei ao meu destino. Ali parei por mais uns segundos e, com meu olhos, a persegui enquanto ela ia seguindo o seu caminho.
Foi bom. Eu ao menos, acabei me sentindo melhor.
  

As mais variadas pretensões possíveis.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É muita sorte... ou não.

Interessante...
As palavras fogem da ponta da minha lingua, ou da ponta dos meus dedos, quando mais quero que lá elas estejam.
Se misturam na minha cabeça e se escondem de tão perfeita forma que até parecem terem se desintegrado.
O mais interessante no entanto, é que sei que a qualquer momento - provavelmente no menos oportuno - elas vão começar a correr na minha imaginação novamente, me deixando eufórico e doido pra materializá-las de algum jeito, seja oral ou gráficamente.
Porém, vai ser bem nesse momento em que eu vou correr, me esconder e fugir delas, como geralmente acontece.
É, isso geralmente acontece...
Mas enfim, enquanto eu e minhas palavras não nos acertamos, brinco com minha sorte.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Enquanto dormia...

Organizando minhas idéias, analisando meus mais intimos desejos, percebo que tá tudo muito arrumado dentro de mim.
É como se eu tivesse feito uma bela faxina no meu arquivo pessoal e deixasse tudo em seu devido lugar.
Mas como disse alguém (que não lembro quem) em um sonho que tive esse noite "Quando a nossa casa tá perfeitamente organizada, buscamos a bagunça na casa dos outros a fim de usufruir dela".
Não sei o que essa pessoa quis me dizer com isso, mas tá me fazendo pensar e muito.