sábado, 9 de outubro de 2010

Insumos da linguagem poética.

Sem pressa transformo os infinitivos em gerúndios um pouco mais distantes.
A forma de escrever mudou e as temáticas também são outras.
O teor e o temor também enfrentam um certo desencontro. 
Latência incontrolável!! 
Tudo é confuso. Confuso pra quem lê e pra quem escreve.
A ausência do sentido é o sentido;  a falta de emoção torna tudo muito emocionante (ou triste); e assim as coisas correm.
Não falo da vida nem de nada relevante.
Só escrevo.
São palavras... Só palavras.
Portanto, nem procurem as entrelinhas.

   

2 comentários:

  1. Sempre há o que procurar... As entrelinhas sempre existem.

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  2. Me afago e me refugio em mim mesma pra me livrar dos meus sussurros. E quando me volto de dentro pra fora do meu ego, me ergo e refaço da coluna o meu eixo...
    Sinto tua palma, leio tua alma, me cala teu texto. Teu mundo é meu mundo e da minha gagueira se faz o silêncio, e o sorriso, e o profundo, difuso defeito de não me deixar te tocar em meu âmago mesmo quando você precisa saber.
    Me dói a incapacidade de não poder desatar aquele nó que desce a garganta e me cala quando o mundo (meu mundo, você!) me pedem arrego, me faz um chamego me tira de novo do eixo e eu estou tão entregue mas firmo, bato, arranco a plataforma da base do lugar mais sólido que há.
    Mas ninguém assim há de entender. Se eu não falar, se eu me calar, se eu não te expuser, de que vale esse mundo se não puder te dizer?
    Rasgo o peito, te entrego fervendo, batendo e pingando... Pingando o sangue que sai da tua veia e corre nas minhas. A entranha mais funda e mais doce que alguém já plantou, meu corpo minha alma, só de ti se afanou.
    Um transverso cuspido, de mim que nasceu, uma frase clichê mas impossível te olhar e não crer...Amo tanto você!

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